(MÉDICO DE CRUZEIRO VAI APODRECER NA TRANCA)
(AÇÃO RÁPIDA DA POLÍCIA CIVIL DE CRUZEIRO GARANTIU A PRISÃO)
UM MÉDICO GINECOLOGISTA, foi preso na manhã desta terça-feira em Cruzeiro acusado de integrar uma quadrilha responsável por abortos clandestinos.
A prisão ocorreu às 6h30, em sua casa, no bairro Retiro da Mantiqueira. A DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Cruzeiro foi acionada para dar apoio à Polícia Civil do Rio de Janeiro, que tinha mandado de prisão contra ele desde 2013.
O médico, que segundo a DIG de Cruzeiro atuava na própria cidade, em Lorena, em Cunha e em Aparecida, é um dos 57 presos na operação “Herodes”, deflagrada pela Coinpol (Corregedoria Interna da Polícia Civil do Rio de Janeiro).
Até o final da tarde desta terça não havia informações sobre abortos cometidos por Souza Pinto na RMVale, mas a polícia civil fluminense o acusa de atuar em várias clínicas clandestinas do Rio. O ginecologista já havia sido preso em março do ano passado, quando chegou a abandonar uma paciente na mesa de cirurgia.
Prisão. Uma equipe formada por 12 policiais civis, sendo cinco do Rio de Janeiro e o restante de Cruzeiro, participou da campana para prender o médico, que começou às 4h45, na porta do imóvel em que ele e sua namorada, uma dentista, residiam. Por volta das 5h30 ele deixou o imóvel, mas percebeu a presença dos policiais e correu de volta para casa.
Herodes. A operação foi precedida de 15 meses de investigações. O delegado Glaudiston Galeano, da Coinpol, que participou diretamente da apuração, chamou de “açougues” os locais onde as gestações eram interrompidas.
O valor cobrado chegava a R$ 7.500.
"Eram verdadeiros açougues. Os médicos são açougueiros, matam como se estivessem matando um bezerro. Essas pessoas construíram uma fábrica de abortos", disse.
O chefe de Polícia Civil no RJ, delegado Fernando Veloso, pede que sejam feitas denúncias contra os acusados. “É muito importante que a sociedade colabore denunciando clínicas clandestinas e pessoas que trabalham com esse tipo de prática. As mulheres não podem continuar sendo mortas".
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